O Campus Vitra, na Alemanha, é um dos maiores e mais inovadores centros de arquitetura e design do mundo. Entre suas construções icônicas projetadas por arquitetos renomados, encontra-se o Blockhaus, uma pequena estrutura assinada pelo artista alemão Thomas Schütte em 2018. Diferente das construções de arquitetos tradicionais presentes no campus, o Blockhaus se destaca como uma forma antípoda, trazendo um contraste intrigante entre arte e arquitetura.
A Singularidade do Blockhaus
⦁ Materialidade autêntica: Feito de pinho nórdico não tratado, o Blockhaus mudará de cor com o tempo, assumindo um tom acinzentado, evidenciando a passagem dos anos.
⦁ Telhado imponente: Coberto por telhas de titânio-zinco, seu brilho metálico contrasta fortemente com a rusticidade da estrutura de toras de madeira.
⦁ Função acolhedora: Um espaço de refúgio, com bancos simples de madeira e uma fonte central de argila que oferece água fresca para visitantes.
O projeto nasceu de um modelo em escala 1:10, exposto na Galerie Konrad Fischer, em Düsseldorf, em 2016. A proposta chamou a atenção de Rolf Fehlbaum, presidente emérito da Vitra, que convidou Thomas Schütte a dar vida à sua obra em escala real no Campus Vitra.
Thomas Schütte: Arte, Arquitetura e Escultura
Thomas Schütte é um dos nomes mais importantes da arte contemporânea alemã. Nascido em 1954, estudou na Academia de Artes de Düsseldorf, onde teve aulas com Gerhard Richter. Ao longo de sua carreira, explorou diferentes escalas e materiais, criando esculturas e instalações que questionam a relação entre espaço, forma e função.
Dentre suas obras mais conhecidas, estão:
⦁ United Enemies (1993-2011) – Esculturas de figuras humanas em tensão.
⦁ One Man Houses – Pequenas estruturas arquitetônicas explorando a relação entre abrigo e escultura.
⦁ Blockhaus (2018) – A integração entre arte, arquitetura e experiência no Campus Vitra.
Blockhaus no Contexto do Campus Vitra
O Campus Vitra é um museu a céu aberto, reunindo obras de arquitetos e artistas como Zaha Hadid, Tadao Ando, SANAA e Carsten Höller. O Blockhaus se soma a outras intervenções artísticas icônicas do campus, como:
⦁ Slide Tower, de Carsten Höller (2014) – Uma torre de observação com um escorregador.
⦁ Promenade de Álvaro Siza – Uma trilha que conecta diferentes pontos do campus.
⦁ Balancing Tools, de Claes Oldenburg e Coosje van Bruggen – Uma escultura monumental em equilíbrio.
O Blockhaus, embora não tenha uma função definida, se tornou um ponto de interesse especial para visitantes, convidando à contemplação e ao descanso. Sua presença reforça o diálogo entre arte e arquitetura que define o Campus Vitra.
O Blockhaus, de Thomas Schütte, é um exemplo da fusão entre arte e arquitetura, criando um espaço de reflexão dentro do dinâmico e inovador Campus Vitra. A obra evidencia a importância da materialidade e do tempo na transformação dos espaços, reafirmando o compromisso da Vitra com a vanguarda do design e da arquitetura mundial.